sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Molho de Tomate Preguiçoso (e delicioso)

Essa é uma receita que faço quando não estou com muita disposição de fazer o molho de tomate tradicional. É facil e incrivelmente deliciosa, eu diria que é mais gostosa que a tradicional. Pode ser usada com quaisquer tipos de massas, carnes (fica perfeito num bife a parmigiana) e é um ótimo substituto aos molhos industrializados (que possuem muito sal e conservantes).

Pra quem já se aventurou na cozinha, a receita é parecida com o preparo de tomates secos.

Ingredientes:
1kg de tomates tipo italianos (aqueles compridinhos).
1 cebola grande picada
2 dentes de alho grandes amassados
tempero verde a gosto (sempre uso a combinação infalível: salsa, cebolinha, orégano e manjericão)
sal a gosto
bicarbonato de sódio (para corrigir a acidez, se necessário uso uma pontinha de colher de café)
azeite

Modo de preparo:
1. Pré aqueça o forno em temperatura moderada por 5 minutos.
2. Unte uma forma ou refratário retangular com azeite.
3. Corte os tomates ao meio e coloque-os na forma com a parte cortada para cima.
4. Salpique sal e orégano (em pequenas quantidades).
5. Deixe no forno por 15 minutos (o ponto certo que quando eles estiverem murchos e tiver um caldinho no fundo da forma). Quando tirar do forno puxe as peles dos tomates com o auxílio de garfo e faca.
6. Aqueça uma panela e refogue a cebola e o alho no azeite até ficarem dourados.
7. Acrescente os tomates e refogue até ficarem no ponto desejado (eu prefiro que fiquem pedaçudos, como um belo molho napolitano). Se necessário corrija o ponto do sal e o da acidez com uma pitadinha de bicarbonato de sódio.
8. Desligue a panela e adicione os temperos verdes de sua preferência.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Conforme prometi: EXTRATO DE BAUNILHA

Isso nem é uma receita, mas depois que você conhece o EXTRATO de baunilha nunca mais conseguirá usar essas essências artificiais.

Coloque duas favas de baunilha cortadas ao meio em uma garrafa de Vodka (eu usei a Stolichnaya), chacoalhe e guarde.

Com o passar do tempo a vodka ganhará um lindo tom de caramelo. Mas não se empolgue, para o seu extrato ficar pronto demora DOIS MESES. Eu digo isso porque no dia seguinte fui ver o meu "experimento" e a vodka já estava dourada, mas depois de dois meses é que as favas soltam uma boa parte de seu aroma e sabor.

Bolo de Chocolate sem farinha da Miss Dahl



Primeiro quero falar do programa Delicious Miss Dahl (passa no Fox Life). Tem uma apresentadora que parece uma boneca de porcelana, um cenário fofo e receitas deliciosas (e fáceis) que ela apresenta de acordo com o humor do dia.
Essa receita é do bolo de chocolate mais gostoso que já comi na minha vida. Fiz três vezes, uma no aniversário do Marcelo (ficou P-E-R-F-E-I-T-O), outra para o Léo (o forno estava muito alto e o bolo queimou) e a última foi no sábado para a minha família (usei uma forma grande e ele ficou parecendo um brownie).

Sei que você deve estar pensando: "Como assim? Um bolo sem farinha?!". E eu te respondo: "Sem farinha e sem fermento". Mas ele fica delicioso e, apesar de ter bastante chocolate, não fica enjoativo. Mas, vou parar as divagações e parênteses e vou direto à receita.

Ingredientes

Manteiga para untar

  • 300g de chocolate meio amargo quebrado em pedaços. Você também pode usar duas barras comuns de 170g, é só comer uns pedacinhos:)
  • 225g de açúcar refinado (ou bata o açúcar normal no processador ou liquidificador). A Sophie Dahl usa açúcar demerara, é mais saudável, mas mais difícil de se encontrar.
  • 180ml de água fervente
  • 225g de manteiga cortada em cubos.
  • 6 ovos.
  • 1 colher de sobremesa de pó de café instantâneo.
  • 1 colher de sobremesa de extrato de baunilha (Na sequência passo a receita do EXTRATO que é mais gostoso que as ESSÊNCIAS ARTIFICIAIS encontradas nos supermercados, p.ex. Dr. Oetker)


Modo de fazer

  • Unte a forma redonda de fundo removível com manteiga, use papel manteiga também (esse bolo tende a grudar mais na forma do que os outros).
  • Pré-aqueça o forno a 180 º C.
  • Em um processador de alimentos, bata o chocolate e o açúcar até ficar bem moído. Adicione a água fervente, a manteiga, as gemas, o pó de café e a baunilha. A consistência deve ser a de uma massa um pouco mais cremosa que a dos outros bolos.
  • Em uma tigela de vidro, bata as claras em neve e depois as junte delicadamente à massa (quando for misturar as claras em neve com a massa use uma colher de metal ao invés de madeira, a madeira retêm umidade e pode diminuir o aerado tão desejado).
  • Despeje a mistura na assadeira preparada e leve ao forno quente por cerca de 45 a 55minutos.
  • Normalmente depois de retirar o bolo do forno, ele provavelmente terá o topo com rachaduras, mas isso é normal. Deixe o bolo esfriar e coloque-o na geladeira por algumas horas.
Não se assuste se o bolo ficar com uma carinha de "mal desenformado", é normal ele fica como este da foto.

Esse bolo é fabuloso e dispensa cobertura, mas, se você chegou até aqui não desista!
A Sophie Dahl fez uma cobertura com crème fraîche e frutas vermelhas (foto abaixo). Eu preferi fazer um creme de chocolate derretendo 100g de chocolate meio amargo em 200g de creme de leite e colocar raspas de chocolate.



NOTA IMPORTANTE: Este bolo tem um prazo de validade CURTÍSSIMO. É tão gostoso que não dura 24 horas!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Mil e uma noites... (Deveria ter postado isso no começo de julho)





Semana passada foi o aniversário da querida Roberta Soeiro e meu presente foi um (DIVINO) jantar no Arábia.

Uma semana depois e ainda não tenho palavras suficientes para descrever a experiência. Por fora restaurante passa despercebido na Haddock Lobo pela sua discrição, por dentro tem uma decoração minimalista e primorosa com tecidos pendendo de um pé direito alto e um belo jardim de inverno.
Para uma primeira visita, recomendo o Menu Club. Você pode escolher três entradas, dois pratos principais com uma guarnição (super recomendo a batata a moda, que é uma batata cozida e espremida coberta com temperos e especiarias), sobremesa e vinho. É um pouco cara R$ 138 no almoço e R$ 157. Ou, se você quiser mais moderação na conta, pode ficar com as Mezzès que custam de R$ 98 (com seis pratos e serve duas pessoas) ou R$ 168 (com doze pratos que servem de 3 a 4 pessoas).
Independente da escolha, não dá pra passar por lá sem provar, ao menos, duas delicías irresistíveis: falafel (crocantes por fora e macios por dentro, melhor que esses só os feitos por uma zelosa mãe do Oriente Médio); tabule (nunca comi um tão delicioso, trata-se de uma saladinha em que a personagem principal é a salsinha, que vem acompanhada de um punhadinho de tomate e trigo).
Outra excelente pedida são os grelhados, mas eu recomendo que você os peça em separado. O michui de frango veio bastante ressecado, mas as demais carnes (linguiça síria, kakta, michui de filé e michui de cordeiro) vieram impecáveis.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Conserva de Berinjeta Italiana


Essa receita tem tantas variações quantas podem ser possíveis. Esta versão eu aprendi com a minha madrinha e não é aquela cheia de passas (que acabam mascarando o sabor da berinjela). É super fácil de se fazer, mas precisa ser preparada com antecedência.



Ingredientes
  • 1 kg de berinjelas inteiras descascadas
  • 2 xícaras de chá de sal
  • 250ml de vinage branco
  • azeitona verde a gosto (costumo usar duas xícaras de chá)
  • azeite a gosto
  • 4 colheres de sopa de orégano
  • 4 dentes de alho picadinhos
  • 1/2 xícara de salsinha picada
  • 1 colherinha de café de pimenta calabresa seca
  • pimentão vermelho e/ou amarelo cortado em tirinhas finas a gosto (costumo usar meio pimentão grande de cada)
  • 1 cebola grande picada.
Preparo
  1. Ralar no ralador grosso a berinjela
  2. Colocar na tigela com o sal, colocar um prato em cima
  3. Deixar nessa salmoura pelo menos por 4 horas
  4. Lavar em um escorredor de baixo de água corrente apertando com as mãos, em seguida, coloque a berinjela ralada em um pano de prato limpo e retire o excesso de água.
  5. Coloque novamente em uma vasilha colocando o vinagre e deixar mais umas 4 horas
  6. Lavar novamente escorrendo bem
  7. Colocar em uma vasilha junte todos os outros ingredientes
  8. Tampar guardar na geladeira
  9. Servir após 24 horas
  10. Servir com torradas ou pão italiano

segunda-feira, 11 de abril de 2011

É hora de peitar as besteiras de pretensos especialistas

A Veja desta semana publicou um artigo que me deixou mais estarrecida do que o habitual.

Primeiramente, deixe-me apresentar o "articulista" que assina o texto com o título "Hora de peitar os sindicatos". Gustavo Ioschpe é filho de banqueiro, estudou toda a vida em excelentes colégios particulares, graduado pela Wharton e pós graduado pela Yale. Entre seus brilhantes artigos predominam opiniões que defendem que se pague mensalidade nas universidades públicas e que os cursos de pedagogia não formem professores com capacidade de reflexão.

O "artigo" (nem sei se dá pra chamá-lo assim!) começa comparando os sindicatos dos professores e profissionais da educação à indústria tabagista. Ora, Senhor Ioschpe, o fato de a maioria de nós não ter nascido em berço esplêndido e estudado em tão ilustres instituições não nos torna ingênuos o bastante para cair nesta comparação falaciosa.

Que a educação é importante todos sabem (aliás, nada mais senso comum do que esta afirmação!). Justamente pelo fato de a educação ser tão importante é que deve ter um sem número de setores da sociedade que se preocupem com ela e, quisera eu, que os professores fossem os exclusivos responsáveis pelo "problema educacional", isso simplificaria sua solução.

Continuando em seu texto, Ioschpe afirma que os sindicatos são poderosos porque funcionam(!). Ora, não é esta a sua finalidade?! Falta ele entender que muitas escolas públicas convivem com a violência dentro e fora de seus muros (e não me refiro à tragédia em Realengo), e que o sindicato, bem como os dirigentes escolares, pais/mães e responsáveis e a comunidade devem defender melhorias na segurança. Falta entender que ganhando mil e poucos reais, o/a professor/a precisa dar aula em dois ou três turnos e que isso prejudica a preparação e desenvolvimento das aulas, correção de provas e trabalhos e a formação continuada dos/as professores/as (afinal como arranjarão tempo para estudar se dão aula em dois ou três turnos?).

Creio que o Senhor Ioschpe NUNCA entrou em uma escola pública (que não sejam as poucas de excelência). Muitas delas parecem penitenciárias, com muros altissímos e muitas grades! Outras tantas não têm professores de química ou física, e os alunos acabam tendo professores de outras disciplinas dando essas aulas. Boa parte não tem biblioteca, quanto mais laboratórios! Os/as poucos/as professores/as que tentam impor algum limite em algumas escolas acabam sendo ameaçados e/ou agredidos! Tampouco deve ter se deparado com salas super lotadas, gostaria muito de vê-lo dando uma aula de matemática numa sala apertada para 55 adolescentes de 15 anos!

Termino este texto lembrando que se hoje temos uma escola com acesso mais ou menos democrático, isso se deve aos sindicatos dos/as professores/as e a "união dos alunos" que lutaram durante décadas pela sua democratização, por entender que isso passa por uma sociedade mais democrática. Só fico me questionando à quem este tipo de opinião atende, essa pergunta, você leitor/a é capaz de responder.

Enfim, estou cansada de ver pretensos especialistas que olham números crus, distantes da realidade e acabam por falar tanta baboseira. Mas, neste caso, como foi publicado pela Veja tudo fica muito bem esplicado.

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/hora-de-peitar-os-sindicatos

quinta-feira, 17 de março de 2011

A ditadura da magreza




Todos os dias passo na frente de várias bancas de jornais, normalmente dou uma parada para dar uma olhada nos jornais ou comprar revistas.

Invariavelmente, fico espantada com a quantidade de revistas femininas com capas vendendo milagres do tipo "Seque 5kg em uma semana" ou "Barriga chapada com a dieta da sopa", mais impressionante é que normalmente, na mesma revista tem encartes de receitas de tortas, brigadeiros e outras delícias altamente engordativas. Essas revistas são vendidas à preços populares, estampam em suas capas mulheres que podem pagar por cirurgias plásticas, consultas com nutricionistas e endocrinologistas, tratamentos estéticos, spas e academias. Não pensem vocês que esta opressão se restringe às mulheres pobres ou de classe média baixa, temos revistas vendendo a magreza para todas as classes sociais! Descobri que tem uma só sobre cirurgias plásticas!

Essa opressão vem dos homens, afinal, quantas vezes vemos homens feios dizendo que só ficam com mulheres bonitas ou caras gordos reclamando do peso de suas namoradas? Eu normalmente recomendo a eles equipem seus banheiros com espelhos e balanças. Mas, enfim, é normal e aceitável que um homem feio se relacione com uma mulher bonita, afinal, ele é inteligente, divertido e interessante. Já o contrário não é permitido, quantas vezes ouvi justificativas estapafurdias para o casal Marília Gabriela e Reinaldo Gianecchini? Neste caso não pode haver um interesse genuíno.

Por outro lado, muitas mulheres reproduzem essa opressão. Quantas não são as jornalistas de periódicos femininos que deixam de tratar de problemas femininos mais sérios para se dedicar a afirmar que você está gorda?!

Estive conversando com uma nutricionista e ela me falou sobre os problemas dessas dietas milagrosas. Muitas vezes a mulher precisa mais de um/a psicólogo/a do que de um personal trainner, porque ela está ganhando peso por ansiedade, porque é muito cobrada pela sociedade, trabalho e família e acaba tendo na comida uma válvula de escape para toda essa (o)pressão! Por outras, a mulher precisa se tornar mais dona da sua própria vida (e isso pode significar se livrar de um companheiro que não é nenhum Tom Brady mas espera que a companheira seja uma Gisele Bündchen).

Além do mais, porque não podemos ficar à vontade com o nosso corpo como ele é? Claro, isso não significa que devemos negligenciar a saúde, mas precisamos mesmo de tantos (outros) sacrifícios?

sábado, 5 de março de 2011

Moqueca de Peixe e Frutos do Mar


A moqueca, assim como outras iguarias da culinária nacional, tem inúmeras variações.

Essa receita é a minha preferida, muito provavelmente pela versatilidade. Se houver algum/a conviva alégico/a camarões, você pode substituir na mesma medida de mexilhões ou lulas, ou aumentar a quantidade de peixe. Ah, e rende oito pratos substanciosos e custa em média 40 reais.

Mas, vamos à receita que já estou com água na boca ;).

Ingredientes:
  • 300g de camarões cinza inteiros ou 250g deles limpos. Lembrando que com a carcaça você pode preparar um excelente caldo de camarão (veja receita na postagem Cuscuz de Panela).
  • 200g de lulas limpas em anéis.
  • 200g de polvo picado.
  • 300g de lombo de cação picado grande.
  • 2 tomates picados sem sementes.
  • 1/2 pimenta dedo de moça sem sementes picada em pedacinhos.
  • 1/2 pimentão vermelho picado.
  • 1/2 pimentão amarelo picado.
  • 1 cebola média picada.
  • 2 dentes de alho picados.
  • 5 galhinhos de coentro picados.
  • 100 ml de leite de coco (meia garrafinha).
  • 100 ml de azeite de dendê (meia garrafinha)
  • suco de um limão taiti.
Preparo:
Deixe os frutos do mar (camarões, lulas e polvo) descansarem no suco de limão.
Esquente e panela e coloque o azeite de dendê, assim que seu aroma ficar intenso coloque a cebola e deixe dourar um pouco, acrescente o alho e quando estiver dourado acrescente os tomates, a pimenta e os pimentões.
Assim que refogar acrescente o cação, mexa delicadamente por três minutos e acrescente o leite de coco e os frutos do mar. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por mais cinco minutos. Desligue o fogo e acrescente o coentro.

Sirva com arroz branco e pirão.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Batatas ao murro

Essa é uma receita que prova algumas coisas: (1) que você pode fazer uma deliciosa guarnição com batatas sem precisar de manteiga, (2) sem precisar fritar e (3) sem precisar de queijo.

Eu recomendo essa receita para guarnecer quase tudo (é que não sei ainda de algo que não possa ser guarnecido com essas deliciosas batatas). Fica deliciosa acompanhando peixes e frutos do mar, frango, carne e porco.

Eu a classificaria como uma receita muito simples e barata, só não é perfeita porque demora uma hora e quinze o tempo total de preparo.


Utensílios necessários
Panela de pressão (caso não tenha, cozinhe as batatas por 45 minutos ou até que fiquem macias).
Refratário (ou forma convencional)
Pano de prato limpo.

Ingredientes
4 batatas grandes
2 l de água
4 colheres (sopa) de sal grosso
Azeite de oliva a gosto
Alecrim a gosto
Papel-alumínio para cobrir.

Como fazer
1. Sem descascar as batatas, lave-as bem sob água corrente.
2. Coloque as batatas com a casca na panela de pressão em 2 litros de água. Leve ao fogo médio e deixe na pressão por 15 minutos. Transfira as batatas escorridas para um pano de prato limpo.
3. Quando esfriar, dê um murro (de leve!!) em cada batata. Elas devem ficar ligeiramente achatadas e abertas.
4. Preaqueça o forno a 180ºC (temperatura média).
5. No fundo de uma travessa refratária, espalhe metade do sal grosso e disponha as batatas. Salpique o restante do sal, regue com o azeite e polvilhe com o alecrim. Cubra com papel-alumínio e leve ao forno preaquecido para assar por 15 minutos. Sirva quente.

Feminismo é o @#$%&*


Estava falando com uma amiga que esse papo de rachar a conta com os homens não é muito inteligente de nossa parte.

Vejam bem, ficar linda e cheirosa tem seu preço (isso é uma média):
***Manicure e pedicure R$ 100/mês
***Depilação completa R$ 75/mês
***Cuidados básicos com cabelos R$ 100/mês
***Cuidados básicos com a pele R$ 100/mês

Nós, mulheres emancipadas, não "rachamos" essas contas com nossos "respectivos"... Então não me venham com esse "papinho" de que temos que "rachar" a conta.

P.S.: Meu querido namorado é muito compreensivo neste quesito :)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Temperos

As receitas são assim: cada uma tem a sua e tem o seu toque especial. O toque especial normalmente é dado por um temperinho, que pode ser uma ervinha ou especiaria. Como eu sou metida a alquimista da cozinha estou sempre experimentando alguma combinação especial.

Mas tem gente que gosta de um tempero e o coloca em tudo. Minha mãe, por exemplo, adooora cravo e canela e, pronto! Quase todas as sobremesas que ela faz levam cravo e canela, o problema é que ela dá uma exageradinha e o "doce de abóbora" vira "doce de cravo e canela com abóbora". Tenho uma amiga que adooora cominho, e lá vai cominho no arroz, feijão e até no estrogonofe!

Gente, quando estamos preparando uma receita "solitária" ok! Pode caprichar no seu tempero favorito afinal, só você vai se deliciar. Mas quando preparamos algo para outras pessoas é muito carinhoso se preocupar com os temperos.

Falação a parte, lá vai uma lista com os principais temperos e algumas sugestões de uso.

Salsa ou salsinha: uso muito! vai muito bem em saladas, molhos a base de tomate, combina perfeitamente com frango e legumes. E quando estiver cansada/o do arroz branco é só colocar um pouquinho no final do cozimento e voi lá!
Eu costumo usar até os talinhos, que são tão saborosos quanto as folhas. Mesmo quem mora em apartamento pode tê-la sempre fresquinha plantada em vasinhos ou canteiros.


Manjericão (ou basílico): astro absoluto dos meus molhos de tomate, não vivo sem! Você pode comprar o manjericão em maço, só a folhinhas na bandeja de isopor ou em vasinhos (e fazer uma linda hortinha). Pode ser usado em carnes ou em saladas (é o astro da salada caprese, com tomate e mussarela de búfala). E se você quiser um molho pesto é só bater no liquidificador um maço de manjericão, um copo de azeite de oliva e 50g de pignoli (ou nozes, castanhas, amêndoas) e sal a gosto!




Cebolinha: companheira inseparável da salsinha (pelo menos na minha cozinha). Dá um toque todo especial em saladas, omeletes, molhos a base de tomate, manteiga, creme de leite e iogurte. Mas cuidado: ela perde o sabor se for aquecida por mais tempo, por isso tome o cuidado de acrescentá-la na finalização do prato.




Alecrim: é uma das ervas mais aromáticas que existem, eu uso apenas as folhinhas. Vai bem no tempero de carnes, assado de porco, frango assado ou frito, molho branco para legumes, peixes grelhados e cozidos, marinada. Pode ser usado também em sopas como minestrone, sopa de tomate, em aperitivos como berinjela, patês, ou mesmo em verduras e vegetais como batatas, couve-flor ou tomates. Eu costumo usar numa receita de "batatas ao murro", que postarei qualquer dia desses.


Coentro: combina perfeitamente com peixe e frutos do mar, mas pode ter um bom resultado sendo usado com frango cozido.
ATENÇÃO NOVATOS/AS não se confundam na hora de comprar, a salsinha é vendida sem as raízes e o coentro é vendido com as raízes!




Endro ou Dill: outra ervinha que combina perfeitamente com peixes e frutos do mar, quando eu não uso no peixe, normalmente aplico nas batatas que irão acompanhá-lo.
Eu costumo comprá-lo fresco e congelar o que vou usar



Alho poró: Amo muito tudo isso!! O alho poró é muito versátil, se comporta como ator principal (quiche de alho poró, salada quente ou fria) e como coadjuvante (vai bem em sopas, cozidos, com frango e peixe). Eu prefiro comprar os talos com a folhas, porque elas nos mostram se o alho poró está fresco (se estiverem bem verdinhas) ou passado (se estiverem murchas e/ou amareladas).


Aipo ou salsão: é a estrela do salpicão e deixa qualquer sopa com um que todo especial. Para os sopólatras que não podem ver um saquinho de Sopa Maggi no supermercado e fracassaram tentando fazer sopa em casa, esse é o segredo! Uma sopa só é realmente gostosa se tiver salsão! Eu uso tudo, talos e galhinhos. O salpicão tem seu casamento duradouro com o frango, nenhuma proteína fica tão boa com salpicão do que frango.




Tomilho: outro queridinho das minhas receitas, dá um sabor especialíssimo aos molhos de tomate ou mostarda. Fica perfeito em marinadas e combina deliciosamente com carnes vermelha, de porco e de cordeiro! Pode ser congelado!







Beijos e deliciem-se!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Cuscuz de Panela



Para preparar esta receita você não precisa ser nenhum gênio culinário nem ter nenhum talento especial, mas ela precisa de um pouquinho de agilidade. Também não é necessário nenhum utensílio especial. Vamos lá??


Rendimento: 12 porções generosas.


Tempo de preparo: 40 minutos mais duas horas de geladeira.


Utensílios:


  • Panela com capacidade de 2,5 a 3 litros.

  • Superfície para cortar legumes (pode ser a tradicional tábua de madeira, mas pode ser de plástico ou vidro que é mais higiênica e fácil de limpar).

  • Faca média afiada (não, a sua faca de serra não é a melhor opção!)

  • Uma xícara de chá ou copo americano (para medir).

  • Uma peneira de metal média.


Ingredientes:


  • 250g gramas de farinha de milho (Não se assuste com a medida caso não tenha uma balança em casa, é meio pacote! Ah, a farinha vem em flocos grandes e você terá que dar uma trituradinha neles, você pode fazer isso no liquidificador ou fazer como eu: amassando dentro do pacote fechado mesmo)

  • 1 xícara de farinha de mandioca.

  • 1 cebola média picada em cubinhos.

  • 1 pimentão picado (prefiro o amarelo, mas pode ser vermelho ou verde)

  • 2 dentes de alho picados ou amassados.

  • 1 xícara de azeite (ou oleo composto com Azeite, o famoso "Maria")

  • 2 latas de atum ralado.

  • 200 g de camarões cinza inteiros (você pode pedir que limpem os camarões onde for comprá-los, mas peça as cabeças e as casquinhas, elas serão usadas para fazer o caldo de camarões).

  • 200ml de leite de coco.

  • 1 e 1/2 xícara de água.

  • 4 ovos cozidos (quando cozinhar ovos, acrescente água fria e um pouco de sal. Ficarão duros mais depressa e descascarão com mais facilidade. Tempo de cozimento: 13 a 15 minutos)

  • 1 xícara de ervilhas (se puder compre ervilhas congeladas, elas são muito saborosas e não têm conservantes).

  • 200 ml de purê de tomate (Apesar de algumas pessoas acharem que são a mesma coisa, entenda: purê de tomate, extrato de tomate e molho de tomate são três coisas MUITO diferentes!)

  • 300g de palmito (um vidro médio)

  • Temperos verdes a gosto (tem gente que prefere salsa, outros cebolinha, outros coentro e há os que não gostam de um deles. Na minha receita uso salsa e cebolinha, meio maço de cada)

  • 180g de azeitonas picadas.

  • 1 limão.

  • 1 colher (de sopa) de sal.

Como fazer:


1. Prepare o caldo de camarão: esprema o limão sobre os camarões, separe as cascas e cabeças do corpo. Reserve os camarões e leve as cascas e cabeças ao fogo com a água, deixando ferver por 10 minutos. Coe com a peneira de metal e reserve o caldo.


2. Prepare os ingredientes: tire o excesso de óleo do atum, pique a cebola, o alho, o palmito e o pimentão.


3. Aqueça a panela e coloque o azeite. Deixe aquecer o azeite e doure a cebola picada. Com a cebola dourada acrescente os dois dentes de alho picados até dourarem.


4. Acrescente as duas latas de atum e depois de refogá-lo um pouco acrescente o purê de tomate, o leite de coco, o caldo de camarão, as azeitonas, as ervilhas e o palmito. Refogue por cinco minutos mexendo de vez em quando. Acrescente os camarões.


5. Diminua o fogo e acrecente aos poucos das farinhas de milho e mandioca sem parar de mexer para não empelotar. Quando tudo estiver bem misturado e a "massa" estiver soltando do fundo da panela desligue o fogo e acrescente os temperos verdes e o sal, seu cuscuz está quaaaaaase pronto!


7. Você pode colocar o cuscuz em uma forma com um furo no meio, em forminhas de empada ou deixá-lo na panela mesmo. Para decorar, corte os ovos ao meio e coloque no fundo do recipiente escolhido, acrescente o cuscuz. O importante é deixar que esfrie totalmente antes de desenformá-lo.


Sirva com azeite e um molhinho de pimenta, se preferir.


Outras habilidades

Quando eu tinha 11 anos meus pais se separaram, meu irmão mais velho saiu da cidade para estudar e meu irmão do meio se casou. Ficamos eu e minha mãe sozinhas numa casa enorme, ela que era uma exímia cozinheira acabou perdendo o gosto pela coisa e eu uma exímia apreciadora de guloseimas comecei a brincar com inúmeros utensílios e ingredientes.

Minha mãe era daquelas cozinheiras "de mão cheia", me lembro de deliciosos almoços de domingo em que a minha tia chegava em casa dizendo que dava pra sentir o cheiro da comida de longe. Mamãe era muito criativa e dedicada, tínhamos no quintal canteiros em que ela mesma plantava salsinha, cebolinha, coentro, sálvia, manjericão, erva doce, pimentão, tomate cereja e até cenouras.

Sua cozinha tinha receitas simples e elaboradas, regionais e internacionais, mas todas muito gostosas. Ela cozinhava com paixão e alegria, mas ficava aborrecidíssima se ninguém repetisse a porção.

Enfim, acho que sou muito mais parecida com ela do que poderia supor. E tenho descoberto o mesmo prazer em pilotar um forno e fogão, mas gosto da possibilidade de não ser "obrigada" a cozihar todos os dias.

Minha amiga Renata (Petta), que tem sido minha "cobaia" nos meus experimentos gastronômicos e que me estimulou a criar este blog me deu a idéia de compartilhar as minhas receitas. No início achei que pareceria um plágio mal feito de "Julie e Julia", mas se querem saber nem ligo.

Bom... espero que gostem e se deliciem.